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Pacientes especiais precisam de dentista especializado

23 jul 2014 - 08h01
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Existem inúmeras diferenças no trato de um paciente com algum problema de saúde, tanto na abordagem comportamental, como na questão de medidas preventivas para evitar complicações
Existem inúmeras diferenças no trato de um paciente com algum problema de saúde, tanto na abordagem comportamental, como na questão de medidas preventivas para evitar complicações
Foto: Jaren Jai Wicklund / Shutterstock

Pacientes especiais apresentam os mesmos problemas bucais de pessoas não afetadas por autismo ou Síndrome de Down. O que acontece é que muitas vezes esses problemas comuns da boca são agravados e modificados pelo estado geral de saúde dessas pessoas.

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“Pessoas que fizeram tratamentos com radiação na região de cabeça e pescoço podem ter cáries muito mais agressivas quando comparadas às cáries de pessoas não irradiadas; pessoas receptoras de órgãos podem ter crescimento anormal dos tecidos das gengivas por conta de medicamentos; e assim por diante”, diz Marina Gallottini, coordenadora do Centro de Atendimento a Pacientes Especiais (CAPE), da USP.

Segundo a especialista, são considerados especiais pacientes com distúrbios neuro-psico-motores (síndrome de Down, paralisia cerebral, retardo mental), pacientes com doenças ou condições sistêmicas crônicas (insuficiência renal crônica, diabetes, cardiopatias, coagulopatias, transplantados) e pacientes com doenças infecto contagiosas (HIV e hepatite C).

Tratamento diferenciado

Existe um dentista que cuida especificamente de portadores de necessidades ou cuidados especiais. Esses pacientes estão em uma condição ou com uma doença que obriga o profissional a modificar seu manejo clínico ou antecipar possíveis complicações relacionadas àquele paciente. 

Marina defende que cirurgiões-dentistas especializados devem dominar, não apenas a técnica odontológica, mas os conhecimentos sobre a doença do paciente em questão. “Existem inúmeras diferenças no trato de um paciente com algum problema de saúde, tanto na abordagem comportamental, como na questão de prescrição medicamentosa, antecipação de complicações, medidas preventivas para evitar complicações, etc.”. 

Para isso, existem cursos de especialização com uma série de informações e vivências práticas que permitem que o profissional se sinta mais seguro e preparado para o atendimento de pacientes especiais complexos. “A literatura científica atual é rica em informações, e cabe ao profissional ter a habilidade de interpretar de forma crítica o que está lendo e por em prática aquilo que a ciência mostrou ser mais eficiente”, diz Marina. 

Fonte: Agência Beta Este conteúdo é de propriedade intelectual do Terra e fica proibido o uso sem prévia autorização. Todos os direitos reservados.
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