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Sapinho é problema comum em bebês; entenda

3 set 2013 - 07h05
(atualizado às 07h05)
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Uma mancha branca aparece no céu da boca dos bebês e as mães esfregam, esfregam, mas ela não sai. O que parece ser um resquício de leite é confundido por muitos pais e responsáveis, que não imaginam se tratar de uma infecção, causada pelo fungo Candida albicans, popularmente chamada de “sapinho”.

Se ocorre na cavidade oral, o sapinho tem aparência semelhante a resto de leite que não sai, podendo ficar aderido na língua, gengiva, parte interna das bochechas e até nos lábios
Se ocorre na cavidade oral, o sapinho tem aparência semelhante a resto de leite que não sai, podendo ficar aderido na língua, gengiva, parte interna das bochechas e até nos lábios
Foto: Shutterstock

Este tipo de infecção ocorre geralmente na cavidade oral, perineal (região das fraldas) e dobras da pele, que caracteristicamente são regiões quentes, escuras e úmidas. “Em bebês abaixo de um ano, o sapinho pode ocorrer por uma imaturidade do sistema imunológico do bebê. Em outras situações pode ser desencadeado por alguns fatores como infecções, uso de antibióticos ou corticoides”, explica a infectopediatra da Sociedade Brasileira de Pediatria, Cristina Rodrigues da Cruz.

Segundo ela, os pais devem alertar somente quando o sapinho ocorre com muita frequência, ou é de difícil tratamento. “Esse fungo faz parte da flora habitual do homem e os bebês adquirem pelo contato íntimo com seus familiares, especialmente a mãe”, salienta. Na maioria das vezes, o contágio se dá pelas mãos contaminadas das pessoas que manuseiam as crianças, ou ainda por objetos infectados com o fungo, como chupetas e mamadeiras.

Por isso, a especialista aponta que, para a prevenção é necessária a lavagem frequente das mãos, higienização e fervura adequada de mamadeiras e chupetas após cada uso, além da troca frequente de fraldas.

Outra situação que pode justificar o sapinho é o fato de que cada vez mais as crianças entram em escolas e creches precocemente, quando ainda têm um sistema imunológico imaturo, o que pode facilitar o desenvolvimento de infecções. “Além disso, nem sempre nessas situações, os cuidados com relação à limpeza das mãos, da cavidade oral do bebê e dos utensílios, como mamadeiras e chupetas, podem ser feitos da maneira ideal”, salienta Cristina.

Adicionalmente, os bebês têm o habito de levar objetos à boca, e muitas vezes esses objetos estão contaminados por bactérias ou fungos, o que pode contribuir para o desenvolvimento de infecções. 

O tratamento é feito com medicamentos antifúngicos, como a nistatina ou o miconazol, em formulação adequada para o local da lesão (boca ou região de fraldas). Quanto às lesões das áreas de fralda, além do uso do antifúngico, deve-se trocar as fraldas com maior frequência para reduzir a umidade, proceder à limpeza da região com cuidado para não lesar mais a pele, evitando utilizar lenços umedecidos.

Alertas 

Como os pais podem identificar o sapinho

- Se ocorre na cavidade oral, tem aparência semelhante a resto de leite que não sai, podendo ficar aderido na língua, gengiva, parte interna das bochechas e até nos lábios. 

- Quando ocorre na região das fraldas, a pele fica avermelhada e com pequenas pápulas (“bolinhas”) de coloração vermelha.

Em geral o sapinho não traz desconforto para as crianças, mas se a lesão for muito extensa pode causar dor e recusa alimentar. As mães que amamentam devem observar se existem lesões nas mamas, que também precisarão ser tratadas.

Fonte: Agência Beta Este conteúdo é de propriedade intelectual do Terra e fica proibido o uso sem prévia autorização. Todos os direitos reservados.
Fonte: Terra
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