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Sensor rastreia quanto paciente come, fuma, bebe

8 ago 2013 - 07h17
(atualizado em 9/8/2013 às 14h05)
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Um dos maiores problemas dos profissionais da saúde para obter um bom diagnóstico ainda é a dependência exclusiva do relato do paciente, que muitas vezes é subjetivo. Com informações precisas, seria possível traçar um planejamento mais eficaz de tratamento. “A tendência de todos os pacientes é sempre de subestimar as informações dadas, principalmente em relação a sua condição bucal”, diz Giuseppe Alexandre Romito, da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.

É possível que pesquisadores da Universidade de Taiwan tenham avançado nesse sentido. Eles criaram um sensor que promete apontar aos especialistas a quantidade exata de alimento que o indivíduo ingere e quantos cigarros fuma, por exemplo. 

O estudo ainda é incipiente, mas se obtiver êxito pode proporcionar aos profissionais um diagnóstico mais preciso. “Se o sensor se mostrar resistente ao meio bucal, creio que haverá o aumento de informação, que é sempre muito bem vinda”, avalia. 

O especialista explica que a cavidade bucal é rica em informação – saliva, gengiva, dentes, hálito – que pode trazer dados não apenas locais, mas que repercutem condições sistêmicas. “Portanto, qualquer dispositivo que consiga obter tais informações será um avanço importante”, pontua.

Precisão

O programa, que utiliza dados de movimento para determinar em qual atividade oral a pessoa está envolvida, conseguiu diferenciar quando a pessoa estava mastigando, falando, tossindo, fumando, bebendo ou respirando em 94% dos casos. 

O protótipo é resistente à água, usa fios e tem um centímetro. A proposta é usar uma bateria interna e implantar o sensor entre os dentes ou colocá-lo em dentadura ou aparelhos dentários.

Para a dentista Marcela Encinas, da clínica Sorridents, o grande questionamento do novo dispositivo é por quanto tempo ficará na boca do paciente. “Se o procedimento for adotado como exame, em que a pessoa fica com o aparelho por um tempo determinado, porém não muito longo, acho que pode ser de grande valia. Mas se for um uso contínuo, é preciso avaliar se é possível retirar e higienizar, cuidados essenciais para evitar doenças bucais”, aponta.

Fonte: Agência Beta Este conteúdo é de propriedade intelectual do Terra e fica proibido o uso sem prévia autorização. Todos os direitos reservados.
Fonte: Terra
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