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Terapia ajuda a parar de roer as unhas e a salvar os dentes

Praticar trabalhos manuais ou fazer as unhas semanalmente pode ajudar a combater esse hábito

11 jun 2015 - 08h00
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Quando se leva a mão à boca para roer as unhas, os dentes incisivos superiores e inferiores – aqueles que ficam na frente – são os mais usados, e, claro, os mais prejudicados. “Há um desgaste do esmalte desses dentes, o que os torna mais suscetíveis à aparição de cáries, trincas, rachaduras e sensibilidade”, diz Carolina Gonçalves Pereira da Silva, cirurgiã-dentista do Instituto Israelita de Responsabilidade Social Albert Einstein.

Mascar chiclete sem açúcar, usar mordedores de borracha e fazer a unha semanalmente ajudam a combater o hábito
Mascar chiclete sem açúcar, usar mordedores de borracha e fazer a unha semanalmente ajudam a combater o hábito
Foto: Fotyma / Shutterstock

Identificar esse hábito já na infância ajuda a acabar com ele e evitar prejuízos ainda maiores. “Roer a unha pode prejudicar os dentes em qualquer fase da vida com a mesma intensidade, mas mais na fase adulta, pois, uma vez que os dentes permanentes foram lesados, não há substituição, apenas reparos”, diz a especialista. 

“Roer as unhas é um hábito difícil de interpretar, ainda mais na fase infantil, mas normalmente está associado ao tédio e à ansiedade. Por isso, investir em atividades que façam com que a criança se entretenha (mente e corpo) pode ajudar. Se ela já é uma criança ativa e dorme bem, uma terapia comportamental pode ajudar a entender o que está acontecendo e a solucionar o problema”, diz a psicóloga infantil Marília Braga Volierde.  

Outra dica bacana é tentar substituir esse hábito por outro mais construtivo, como praticar trabalhos manuais que deixem as mãos ocupadas ou passar a fazer a unha semanalmente. “Mascar chicletes sem açúcar ou até mesmo usar mordedores de borracha enquanto assiste um filme, jogo ou novela também ajudam a inibir o costume”, diz Carolina. 

Outros perigos

Ao longo do dia, as mãos entram em contato com diversos objetos que podem estar cheios de microrganismos perigosos, como corrimãos, barra de ferro de ônibus, maçanetas de portas e etc. 

Assim, elas acabam sendo veículos de vírus, bactérias ou fungos que, em contato com a boca, podem levá-los direto para a corrente sanguínea e acabar causando infecções e contaminações graves no corpo, como pneumonias, problemas no coração, diarreias, entre outras. Mas não é só isso. 

“Ao produzir ferimentos ao redor das unhas também geramos uma porta de entrada para vírus como o HPV, causador de verrugas na pele. E quem engole pedaços de unha pode ter ferimentos no estomago e intestino”, diz Carolina. 

E, embora menos frequente, esse hábito também pode causar estresse da musculatura bucal, por causa dos movimentos repetitivos, distúrbios têmporo mandibulares – que causam dor na mandíbula, ao redor da articulação e nos músculos –, bruxismo – hábito de ranger ou apertar os dentes – e má-oclusão – quando não há um encaixe perfeito entre as arcadas dentárias. 

Fonte: Agência Beta Este conteúdo é de propriedade intelectual do Terra e fica proibido o uso sem prévia autorização. Todos os direitos reservados.
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