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Teor de flúor em água de cidades paulistas pode causar cárie

Pesquisa mostrou que quase 30% das cidades paulistas tem baixa concentração da substância

11 ago 2015 - 16h50
(atualizado às 17h14)
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Concentração de flúor na água pode ajudar a combater a formação de cáries
Concentração de flúor na água pode ajudar a combater a formação de cáries
Foto: iStock

A quantidade de flúor na água distribuída à população é inadequada à saúde bucal em quase 30% das cidades paulistas. Desse total, 14,5% têm baixa concentração, expondo os consumidores à formação de cáries. 

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Os dados são de uma pesquisa feita pelo Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Centro Colaborador do Ministério da Saúde em Vigilância da Saúde Bucal (Cecol/USP) e Laboratório de Bioquímica da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Unicamp.

As amostras coletadas em 642 das 645 cidades paulistas indicaram que 71,5% da água analisada estavam na faixa entre 0,6 e 0,8 ppm (partes por milhão de unidade de fluoreto), medida considerada adequada pela resolução de 1995 da Secretaria Estadual de Saúde. Nas amostras restantes foram encontradas quantidades acima ou abaixo do ideal.

“A correta quantidade de flúor aplicada na água combate a formação de cárie. Teores de flúor baixos não reduzem a cárie e teores altos, por sua vez, podem levar a uma fluorose”, afirmou o presidente do CROSP, Cláudio Miyake. Ele explicou que a fluorose resulta em manchas e deterioração do esmalte dos dentes.

O levantamento indicou que 14,5% das análises estavam com concentração abaixo do recomendado e 14% estavam acima. Na lista de municípios fora dos padrões considerados saudáveis estão Cesário Lange e Pereiras, ambos com água com excesso de fluor (1,4 ppm). No grupo com baixa concentração (0,4 pp), estão incluídos Altinópolis, Analândia, Boa Esperança do Sul, Guatapará, Ipeuna, Luis Antônio, Morro Agudo, Nuporanga, Orlândia, Pirajuí e Rio das Pedras.

De acordo com Myake, o governo do estado repassa recursos para adoção de medidas que permitam a fluoretação. Ele informou que o estudo será encaminhado às autoridades sanitárias dos municípios, órgãos responsáveis pelo abastecimento e pela fiscalização, além do Ministério da Saúde e Secretaria Estadual da Saúde, Tribunal de Contas e Ministério Público.

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