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Serra Leoa é declarada livre do ebola

7 nov 2015 - 08h53
(atualizado às 13h04)
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Serra Leoa foi declarado neste sábado um país livre da transmissão do vírus do ebola pela Organização Mundial da Saúde (OMS), após 42 dias desde que deu negativo o resultado do segundo exame do último paciente infectado no país.

O período de incubação do vírus nos humanos é de 21 dias. Agora, a pequena nação de África Ocidental entra em um período de alta vigilância durante os próximos 90 dias para evitar que a doença ressurja.

A epidemia dizimou a população e a desestabilizou o já precário sistema de saúde do país. No total, 221 profissionais morrem após contrair o vírus.
A epidemia dizimou a população e a desestabilizou o já precário sistema de saúde do país. No total, 221 profissionais morrem após contrair o vírus.
Foto: Getty Images

Até o momento, e segundo o último relatório da OMS sobre a situação do ebola, datado de 4 de novembro, 14.089 pessoas se infectaram com o vírus em Serra Leoa, sendo que 3.955 morreram.

"A OMS parabeniza o governo de Serra Leoa e a sua população por atingir este significativo marco na luta do país contra o ebola. Serra Leoa alcançou este estágio com muito trabalho e muito compromisso após lutar contra a maior epidemia de ebola jamais vivida na História", afirmou a entidade em comunicado publicado em seu site.

Além disso, estima-se que 4 mil pessoas sobreviveram ao contágio, e sofrem, em diferentes níveis, as consequências médicas da passagem do vírus por seu corpo, como dores musculares e problemas de visão. Estas pessoas deverão manter cuidados médicos e, por isso, é essencial reestabelecer o mais rápido possível o sistema público de saúde, segundo a OMS.

Conforme o comunicado, a entidade manterá por um período indeterminado profissionais no país monitorando as atividades.

Em 9 de maio, a OMS anunciou o fim da transmissão do ebola na Libéria, tornando o país o primeiro dos três mais afetados a superar o contágio desta doença. No entanto, em 29 de junho, o vírus voltou a ser identificado e infectou seis pessoas, das quais duas morreram. Em 3 de setembro, a OMS voltou a declarar à Libéria "livre de transmissão de ebola".

Agora, apenas Guiné ainda registra um surto ativo de ebola. Por conta disso, a vigilância deve ser redobrada, porque enquanto o vírus estiver latente em um país, pode infectar pessoas de outros locais.

No entanto, o vírus está controlado, dado que, na semana que acabou em 1 de novembro, apenas um novo caso foi detectado na Guiné. Trata-se de um recém-nascido, filho de uma mulher contagiada com o vírus e que morreu durante o parto. O bebê e dois de seus irmãos, também com a doença, estão recebendo tratamento.

A principal preocupação é que as três pessoas que foram confirmadas com o ebola na semana anterior tiveram contato com dezenas de cidadãos, o que, apesar do controle, acendeu o alerta.

A OMS informou em reiteradas ocasiões que até hoje nenhum caso superou o período de extrema vigilância, que é de 90 dias, nas três nações, mas o perigo do ressurgimento da doença segue vigente.

O ebola apareceu em dezembro de 2013 em uma região de floresta da Guiné, divisa com Libéria e Serra Leoa. A doença se espalhou rapidamente através das frágeis fronteiras entre os três países. Até o momento, 29.607 pessoas foram atingidas, das quais 11.314 morreram.

EFE   
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