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Mundo

Serra Leoa encerra toque de recolher imposto pelo governo

Fim do toque de recolher provocou várias comemorações entre a população

30 mar 2015 - 05h24
(atualizado às 12h18)
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Uma rua geralmente movimentada fica deserta na cidade de Freetown após o governo determinar que a população permaneça em casa por até três dias em uma tentativa de conter a epidemia do vírus ebola
Uma rua geralmente movimentada fica deserta na cidade de Freetown após o governo determinar que a população permaneça em casa por até três dias em uma tentativa de conter a epidemia do vírus ebola
Foto: Michael Duff / AP

Serra Leoa pôs fim ontem ao toque de recolher de três dias que o governo impôs na sexta-feira para prevenir a propagação do vírus do ebola no país, que continua a ser uma ameaça. O presidente de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, ordenou aos seis milhões de habitantes do país que permanecessem em suas casas praticamente sem prévio aviso, o que gerou vários protestos entre a população.

Ao longo do fim de semana, as equipes de saúde visitaram casa por casa em busca de pacientes ocultos e qualquer pessoa vista nas ruas sem autorização podia ser detida. Em entrevista por telefone à Agência Efe, John Kweshi, um pescador de 55 anos que vive nos subúrbios de Freetown, criticou o governo por iniciar a medida sem dar tempo à população para se organizar e poder passar os três dias fechados com comida e água suficiente para todo o fim de semana.

Em partes do centro e o leste da capital, vários cidadãos decidiram ignorar o toque de recolher e saíram à rua para comprar alguns produtos. "Todos os lares esgotaram sua despensa na metade do segundo dia e a partir desse momento tiveram que sobreviver como puderam", declarou à Efe Annie Conteh, comerciante e mãe de sete filhos. "Não é fácil estar fechado durante dias".

O fim do toque de recolher provocou várias comemorações entre a população, cujos protestos evitaram que o governo estendesse a quarentena, como vários ministros pediram.

Segundo o último relatório publicado ontem pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Serra Leoa registrou até o momento 11.751 casos de ebola, o que a transformou no país com mais infecções do vírus.

EFE   
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