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Surto de gripe aviária causa prejuízos de mais de US$ 6,5 bilhões

21 mai 2013 - 17h13
(atualizado às 17h50)
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O surto de gripe aviária H7N9 provocou perdas econômicas no valor de US$ 6,5 bilhões, informou nesta terça-feira o veterinário-chefe da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Juan Lubroth.

"O impacto da H7N9 foi muito grande, provocando grandes perdas econômicas no setor da agricultura, especialmente no setor do mercado de aves, como consequência dos preços e da perda de confiança dos consumidores", esclareceu.

Lubroth falou hoje sobre este novo surto de gripe aviária em um evento organizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelas autoridades chinesas por ocasião da 66ª Assembleia Mundial da Saúde, que acontece esta semana em Genebra.

Por sua parte, o diretor-geral adjunto para Saúde, Segurança e Meio Ambiente da OMS, especialista em gripe, Keiji Fukuda, assegurou que o mundo não está preparado para enfrentar um surto como a nova gripe aviária H7N9 caso se transmita e se propague em nível internacional.

"A adaptação do vírus H7N9 para infectar humanos é mais elevada que em outros vírus. Se no futuro se transmite e se propaga internacionalmente, as repercussões serão significativas para a saúde das pessoas e os sistemas de saúde dos países", comentou.

Por outro lado, o especialista reafirmou que não há evidências de contágio entre humanos e que há provas que demonstram que a origem do novo vírus se encontra nos animais, especialmente nas aves.

Neste sentido, a diretora geral da OMS, Margaret Chan, explicou que esta doença é muito grave nos seres humanos e muito leve quando os animais a desenvolvem.

"É um vírus rodeado de mistério porque uma ave infectada pode estar perfeitamente bem e não apresentar nenhum sintoma, mas nos humanos é muito grave", acrescentou.

A respeito da vacina para a prevenção da doença, o doutor Fukuda reiterou que desde o momento em que se detectou o primeiro caso se está trabalhando em seu desenvolvimento, mas que ainda não há nenhuma decisão tomada sobre sua produção porque tudo depende da forma como evolua o H7N9.

Segundo a OMS, 131 pessoas foram diagnosticadas com o novo vírus H7N9, das quais 36 morreram e 42 se recuperaram.

O último caso novo foi detectado no dia 8 de maio e a última morte no dia 9 de maio na província central de Henan. Por enquanto todos os contágios foram de aves a humanos, não entre pessoas.

EFE   
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