PUBLICIDADE

Tomate pode ser causa de odor do suor, diz especialista

Químico usou a própria experiência com odores mal-cheirosos para investigar suas causas

21 mai 2014 - 09h34
Compartilhar
Exibir comentários
<p>Químico afirma que os talos do tomate são preenchidos com um óleo que cheira a suor</p>
Químico afirma que os talos do tomate são preenchidos com um óleo que cheira a suor
Foto: Getty Images

Corte o tomate de dieta se quer acabar com o odor do copo. O aviso é de um químico e médico que teve razões pessoais para embarcar em um estudo de 640 milhões de libras para a indústria de desodorantes do Reino Unido. As informações são do site do jornal britânico Daily Mail.

Em uma publicação no jornal Medical Hypotheses, Charles Stewart explica como o odor do corpo é determinado parte pela genética que controla o grau de sudorese das glândulas das axilas e da quantidade de suor, e também pela presença de bactérias como a Corynebacterium, que vivem na pele.

Stewart trabalhou por mais de duas décadas em parceria com empresas farmacêuticas, desenvolvendo tratamentos para condições de pele que vão do eczema ao câncer. A descoberta do tomate aconteceu em 2007, motivada pelas ondas de calor, quando ele próprio sofreu com fortes odores do seu corpo.

Constrangido, ele não sabia como resolver o problema, apesar de usar grandes quantidades de sabonete. Ele então notou que os talos do tomate são preenchidos com um óleo que cheira a suor, e se perguntou então se o alimento não seria o culpado.

O óleo contém terpenos, substância que dá a frutas e vegetais como laranjas, limões e lúpulo seu sabor e cheiro. Quando ele parou de comer tomates, seu problema desapareceu. 

Em um experimento, ele comeu quatro tomates grandes e descobriu que o odor debaixo do braço reapareceu, apesar de seguir a mesma rotina de higiene. O odor durou sete dias. “É realmente surpreendente que o odor possa durar tanto, depois de uma refeição”, afirma. “Mas significa que pessoas que comem tomates ou usam produtos a base dele sempre têm um risco de cheirar mal ao suarem”, observou.

Acredita-se que o consumo de 50 a 100 g já podem ser suficientes para comprovar o evento. Ele ainda investiga se o fato de cozinhar os tomates faz alguma diferença.

Stewart acredita que o terpeno tem componentes que executam um papel no corpo devido à forma como quebra as enzimas, produzindo químicas que agem com o composto antioxidante licopeno, encontrado nos tomates. Isso estimularia a produção de outras químicas conhecidas por contribuir nos odores do corpo. 

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade