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Tribunal Superior aprova esterilizar homem a pedido do próprio na Inglaterra

16 ago 2013 - 09h43
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O Tribunal Superior de Londres autorizou pela primeira vez no país a esterilização de um homem com dificuldades de aprendizagem, por considerar que é uma decisão "a favor de seus interesses".

O homem, de 36 anos e procedente de Midlands (no centro da Inglaterra), teve um filho em 2010 com sua namorada, uma mulher com quem mantém uma relação há dez anos que, assim como ele, teria uma incapacidade semelhante.

Em uma audiência realizada hoje, a juíza Eleanor King deu carta branca para que o homem, cuja identidade não foi divulgada, se submeta a uma vasectomia ao avaliar que outro filho poderia causar-lhe "dano psicológico".

Segundo os analistas que tratam do inglês, cujas evidências foram analisadas pelo tribunal, embora o homem seja capaz de dar seu consentimento às relações sexuais, não tem com a capacidade de poder tomar decisões relativas à contracepção, pelo qual o caso precisou ser levado à justiça.

Ao explicar sua decisão, a juíza disse que o filho da relação entre o homem, que vive com seus pais, e sua parceira, teve "efeito profundo" em ambas as famílias, que adotaram medidas para tentar evitar uma nova gravidez, entre elas supervisionar "o tempo todo" o casal para "mantê-los a salvo".

Dadas as circunstâncias, a juíza considerou "legítimo" e "nos melhores interesses" para o homem que ele seja submetido a uma vasectomia para a qual devem adotar "todos os passos razoáveis e necessários".

A emissora pública britânica "BBC" lembra hoje que em 1999 outro tribunal julgava uma solicitação para submeter um homem à esterilização apesar de o pedido ter sido negado, o que torna esta a primeira vez que um tribunal autoriza a esterilização de um homem na Inglaterra e em Gales.

EFE   
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