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Vírus do ebola pode estar "adormecido" e contagiar de novo, aponta estudo

29 abr 2016 - 20h40
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O vírus do ebola pode permanecer "adormecido" em uma pessoa que sobreviva à doença e voltar a contagiar mais pessoas, segundo um estudo publicado nesta sexta-feira pela revista especializada "Science Advances".

A pesquisa, iniciada a partir de um caso concreto de um paciente da Libéria, tem sido realizada entre o Ministério da Saúde do país africano, os Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças de Atlanta (EUA) e o exército americano.

Os cientistas focaram no surto de ebola que surgiu na Libéria no dia 29 de junho de 2015, com sete casos confirmados, metade do que já se achava que era o recesso da doença.

Enquanto o ressurgimento anterior do ebola, em março de 2015, foi associado à transmissão sexual do vírus, o surto de junho se originou com a recaída de uma paciente considerada curada, segundo o estudo.

A sequência de transmissões começou com uma paciente, ainda não identificada. Sabe-se que é uma mulher que vivia em uma fazenda, perto de onde foram detectados outros dois dos sete casos do surto de junho.

Os cientistas descobriram a diferente origem de ambos os retornos, de março e junho, a partir da análise do genoma do vírus.

A forma na qual o vírus se manifestou em junho apresentava pouca variação genética em relação a como era anteriormente, por isso nos meses anteriores não aconteceu alteração alguma, mas era novamente o vírus em sua mesma forma.

Esta descoberta ressalta que existe risco do ressurgimento do vírus do ebola inclusive depois que o surto da doença se dê por terminado.

Os primeiros casos de ebola se remontam a dezembro de 2013, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a epidemia em março de 2014.

Desde então, foram registradas 11,3 mil mortes e 28,5 mil casos, mas a OMS reconheceu que estes números podem ser menores pela pouca confiabilidade de alguns testes e a falta de controles ao começo do surto.

A doença - transmitida por contato direto com o sangue e fluidos corporais de pessoas ou animais infectados - causa hemorragias graves e pode ter uma taxa de mortalidade de 90%.

EFE   
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