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Vírus ebola é detectado em sêmen 3 meses após desaparecimento de sintomas

28 nov 2014 - 09h59
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta sexta-feira que o sêmen de homens infectados com o ebola pode conter o vírus até três meses após o desaparecimento dos sintomas.

Quatro estudos que investigam a persistência do vírus ebola nos fluidos seminais de um total de 43 pacientes concluíram que o vírus foi encontrado no sêmen de três homens 40, 61 e 82 dias, após todos terem superado os sinais da doença.

"Devido ao potencial de transmissão do vírus por via sexual durante este tempo, (os convalescentes) devem ter uma boa higiene pessoal depois da masturbação e não ter relações sexuais (incluindo sexo oral) até três meses após passados os sintomas", recomendou a OMS.

A organização acrescentou que, caso a última recomendação não seja possível, é preciso utilizar um preservativo.

Os estudos nos quais são baseadas estas recomendações não foram realizados na atual epidemia de ebola na África ocidental, mas em surtos passados em Uganda e a República Democrática do Congo.

A OMS esclareceu que não recomenda que os homens convalescentes e que testaram negativo nas provas para detectar o vírus no sangue sejam mantidos em isolamento.

O vírus do Ebola se encontra nos fluidos corporais, tais como o sangue, o vômito, os sedimentos, a saliva, a urina, as lágrimas e os líquidos seminal e vaginal.

"Embora a evidência científica seja limitada, está claro que o sêmen é uma potencial fonte de infecção e que pode causar a transmissão do vírus", explicou.

A Organização também realizou outros dois estudos nos quais o vírus foi isolado do sêmen, mas não identificou infecções entre os contatos dentro da família.

EFE   
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