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Cientistas descobrem relação entre diabetes e alzheimer em mulheres

27 fev 2017 - 14h03
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Um grupo de pesquisadores do Centro de Neurociências da Universidade de Coimbra (Portugal) descobriu como o diabetes tipo 2 pode ser um fator para desencadear o mal de alzheimer nas mulheres.

Através de testes realizados com roedores durante vários anos, pôde-se demonstrar que a redução de estrogênio - associada à "pre-menopausa" nas mulheres - é acelerada pelo impacto do diabetes.

A pesquisa também aponta que a redução do hormônio no cérebro contribui para o processo de degeneração dos neurônios, o que desencadeia uma disfunção cognitiva.

Além disso, os cientistas puderam comprovar nos ratos que a redução de estrogênio é explicada pela incapacidade de ser transportado na corrente sanguínea até o cérebro, ocorrendo o mesmo com o colesterol, que está relacionado com a produção do hormônio.

Ana Duarte, uma das autoras do estudo, assegura que "o sexo feminino está considerado como fator de risco para a doença de alzheimer, sobretudo, a partir da menopausa".

No entanto, Ana assegura que "pouco se sabe sobre a fase prévia à menopausa, por isso os resultados da pesquisa sugerem que o fato de ser do sexo feminino ou masculino afeta de forma diferente a comunicação entre as células do cérebro".

Os cientistas também concluíram que os ratos fêmea com níveis de estrogênio iguais ou inferiores aos dos machos desenvolveram mecanismos de adaptação para combater elementos que se acumulam no cérebro e que estariam associados ao alzheimer.

Segundo a pesquisa, alguns elementos protetores, como a insulina, poderiam explicar como os ratos fêmea apresentam menos marcadores patológicos de demência que os machos.

O estudo conclui, entre outras questões, que é necessário estabelecer mecanismos de prevenção do diabetes tipo 2 em diferentes períodos da vida para prevenir o alzheimer.

EFE   
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