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Ciência vê elo entre esquizofrenia e dependência em nicotina

23 jan 2017 - 16h17
(atualizado às 17h54)
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Cientistas franceses revelaram em um estudo divulgado nesta segunda-feira pela revista britânica "Nature Medicine" que alguns mecanismos cerebrais podem explicar a dependência em nicotina apresentada por pacientes com esquizofrenia.

A partir de um experimento com ratos, pesquisadores do Instituto Pasteur de Paris mostraram como a nicotina afeta o funcionamento do córtex pré-frontal do cérebro, área associada à cognição que costuma ser alterada por transtornos psiquiátricos.

A partir de um experimento com ratos, pesquisadores do Instituto Pasteur de Paris mostraram como a nicotina afeta o funcionamento do córtex pré-frontal do cérebro, área associada à cognição que costuma ser alterada por transtornos psiquiátricos.
A partir de um experimento com ratos, pesquisadores do Instituto Pasteur de Paris mostraram como a nicotina afeta o funcionamento do córtex pré-frontal do cérebro, área associada à cognição que costuma ser alterada por transtornos psiquiátricos.
Foto: iStock

Os cientistas acreditam que a administração de nicotina pode reverter parte dos sintomas da esquizofrenia, o que explica a tendência de muitos pacientes a se "automedicarem" com o consumo de cigarros.

"A administração reiterada de nicotina restaura a atividade normal do córtex pré-frontal, o que nos sugere um possível alvo terapêutico para tratar a esquizofrenia", afirmou o principal autor do estudo, Uwe Maskos, em comunicado do Instituto Pasteur.

Os cientistas trabalharam com roedores com DNA que inclui uma mutação do gene CHRNA 5, recentemente associado com um aumento do risco de sofrer tanto de tabagismo como esquizofrenia.

A mutação provoca uma diminuição da atividade das células do córtex pré-frontal, o que afeta a tomada de decisões e a memória, ente outros fatores.

A administração de nicotina ajuda a recuperar a atividade habitual dessa região, que em uma situação não patológica é modulada por neurotransmissores (acetilcolina) que se ativam de forma simultânea nos receptores de nicotina.

"O trabalho com esse mostra como a nicotina que administramos se une aos receptores da nicotina entre os neurônios, o que influi no comportamento das células do cortex pré-frontal", afirmou a pesquisadora Fani Koukouli.

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