PUBLICIDADE

Cruz Vermelha redobra ações no Haiti para conter surto de cólera

19 out 2016 - 14h46
Compartilhar
Exibir comentários

A Federação Internacional da Cruz Vermelha redobrou nesta quarta-feira suas ações para tentar conter o surto de cólera no Haiti, após a passagem do furacão Matthew pelo país, onde deixou 546 mortos e 175 mil desabrigados, segundo informações oficiais.

Após a devastação causada pelo ciclone no último dia 4, uma das principais preocupações das agências humanitárias é uma alta de cólera, epidemia que afetou o país após o terremoto de 2010.

"Para frear o surto, é essencial tanto que as pessoas lavem com água limpa como que bebam dela, que tenham acesso a instalações sanitárias higienizadas e que consigam obter tratamento imediato se se sentem doentes", disse o chefe de operações de emergências da Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICV) e do Crescente Vermelho, Steve McAndrew, em comunicado.

"Sem níveis adequados de água limpa, saneamento e higiene, as doenças como o cólera se propagam rapidamente", completou.

O furacão, que provocou no Haiti a pior crise humanitária após o terremoto de 2010, inundou comunidades, danificou sistemas de saneamento, transbordou latrinas e contaminou a água.

Tanto dentro quanto na periferia de Jeremie (sudoeste), uma das cidades mais castigadas por Matthew, as equipes de avaliação da FICV encontraram sistemas de distribuição de água e de eliminação de resíduos danificados, com hospitais e centros de tratamento do cólera que não dispõem de água limpa e com sistemas de drenagem obstruídos por águas servidas e resíduos do furacão.

Os especialistas das equipes indicam que muitas pessoas que não podem custear a compra de água engarrafada estão bebendo água não tratada, o que vem causando propagação do cólera.

Nos próximos dias, ainda segundo o comunicado, o pessoal e os voluntários da Cruz Vermelha Haitiana ampliarão a assistência em saúde e promoção de higiene, abastecerão de água limpa instalações médicas e centros de tratamento do cólera e aumentarão o alcance do tratamento de água.

Além disso, apoiarão as autoridades locais na remoção tanto de resíduos sólidos e humanos quanto de águas estagnadas, que servem para reprodução de mosquitos transmissores de doenças.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade