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Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele mobiliza o Rio

27 nov 2016 - 10h29
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Médicos alertam para cuidados que se deve ter em razão da exposição ao sol, principalmente, nas praias
Médicos alertam para cuidados que se deve ter em razão da exposição ao sol, principalmente, nas praias
Foto: Agência Brasil

Pacientes que foram ontem (26) ao Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (Hucff), conhecido como o Hospital do Fundão, participaram de consultas gratuitas para análise, diagnóstico e tratamento de câncer de pele.

A ação fez parte do Dia C - Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele, promovido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) desde 1999. De lá para cá, foram atendidas 538.687 pessoas. Em dezembro de 2009, por ter promovido a maior campanha médica do mundo realizada em um único dia, a SBD recebeu a certificação do Guinness World of Records.

De acordo com dados da SBD, no ano passado a iniciativa contou com mais de 3 mil dermatologistas voluntários de 23 estados, que atenderam cerca de 24 mil pessoas. Desse total, 2.651 (13,28%) apresentaram lesões de câncer na pele e foram encaminhadas ao tratamento.

A Chefe do Serviço de Dermatologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Márcia Ramos e Silva, informou que a média de atendimentos do hospital no Dia Nacional de Combate à Doença é de 150 e que a ação de hoje representou uma prévia da campanha Dezembro Laranja, que será desenvolvida em dezembro. "É para chamar atenção para o verão e a exposição ao sol", disse à Agência Brasil.

A médica destacou que o importante para o combate ao câncer é o diagnóstico precoce. "Se o diagnóstico é feito mais tardiamente a gente tem mais dificuldade de conseguir a cura das lesões", afirmou.

Câncer de pele é dos mais frequentes no Brasil

Para a especialista, o câncer de pele é um dos mais elevados entre os brasileiros. "Está entre os mais frequentes e o melanoma é um dos que mais mata, porque, em geral, quando o paciente vem já está com metástase. Às vezes, lesões muito pequenas já têm melanoma. O problema do melanoma é que ele é muito agressivo desde o início e lesões às vezes pequenas já têm uma profundidade a ponto de ter metástase para outros órgãos, como cérebro e pulmão ", disse.

Além do melanoma, segundo a médica, a doença pode se apresentar por meio do carcinoma base celular, que é o tipo mais comum, ligado à exposição excessiva ao sol e por ser de apresentação mais lenta. Com frequência consegue ser curado.

Outra manifestação é o carcinoma espinocelular, tumor de forma mais agressiva e, como o anterior, tem que ser detectado em fase inicial para alcançar a cura, mas o mais preocupante é o melanoma, em que a detecção precoce é relevante. "São lesões que às vezes ficam restritas e quietas e um dia malignizam. Então, se a gente conseguir tirar essas lesões em fase anterior, a gente consegue curar o paciente em 100% dos casos antes da transformação", explicou.

Indicações da doença

A dermatologista informou, ainda, que é importante prestar atenção em lesões e sinais na pele que parecem feridas que não cicatrizam, ou então lesões que mudam de cor ou aumentam de tamanho.

"Qualquer mudança em um sinal é bom que procure um dermatologista, sempre da Sociedade Brasileira de Dermatologia, porque são médicos que têm uma formação em serviços credenciados e aprendem dermatologia da maneira como se deve fazer."

Agência Brasil Agência Brasil
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