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Idosos com Alzheimer têm menos risco de ter câncer e vice-versa, diz estudo

11 jul 2013 - 11h32
(atualizado às 11h32)
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<p>A pesquisa foi realizada com idosos na Itália</p>
A pesquisa foi realizada com idosos na Itália
Foto: Getty Images

Pessoas idosas que sofrem de mal de Alzheimer são menos propensas a ter câncer, assim como idosos com câncer possuem risco menor de desenvolver Alzheimer, segundo estudo publicado no jornal Neurology, da Academia Americana de Neurologia. “O número de idosos com Alzheimer ou câncer aumentou exponencialmente, então entender o mecanismo por trás da relação entre elas talvez nos ajude a desenvolver novos tratamentos para as duas doenças”, disse o autor da pesquisa, Massimo Musicco, do Conselho Nacional de Pesquisa da Itália, em Milão.

O estudo contou com cerca de 205 mil pessoas do norte da Itália com idade a partir de 60 anos, que foram analisadas por seis anos. Durante o período, 21.451 pessoas tiveram algum tipo de câncer e 2.832 desenvolveram mal de Alzheimer.

No total, apenas 161 pessoas sofreram com as duas doenças, enquanto o número esperado baseado na ocorrência na população geral seria de 281 pessoas com câncer e 246 com Alzheimer. O risco de câncer em pessoas com Alzheimer foi reduzido pela metade, enquanto o risco de Alzheimer em pessoas com câncer foi 35% menor.

“Outras pesquisas já haviam ressaltado essa relação anteriormente, porém esse é o maior estudo até o momento que possui vantagens sobre os anteriores, tais como procurar pela presença da segunda doença antes e depois do diagnóstico da primeira. Isto controla a possibilidade de que a presença da doença possa obscurecer o diagnóstico da outra, porque os novos sintomas podem ser associados à doença já diagnosticada. No caso do câncer, por exemplo, a pessoa pode assumir que os problemas de memória sejam um efeito colateral da quimioterapia”, explicou o especialista.

O mesmo resultado foi encontrado em pessoas que morreram durante o estudo e as que permaneceram vivas, controlando a possibilidade de que a esperança reduzida causada pela primeira doença irá afetar a probabilidade de desenvolvimento da segunda. 

Fonte: Terra
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