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Em 5 anos, transmissão do HIV de mãe para filho cai pela metade

21 nov 2016 - 12h22
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O número de transmissões do HIV para as crianças diminuiu 50% nos últimos cinco anos graças a um grande aumento no acesso ao tratamento antirretroviral entre as grávidas, conforme um relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) publicado nesta segunda-feira.

Em 2015, 77% das gestantes com Aids tiveram acesso a medicamentos para prevenir a transmissão do vírus, o que ajudou a reduzir os novos contágios a crianças a 150 mil, contra os 290 mil casos registrados em 2010.

Atualmente, 18,2 milhões de pessoas no mundo todo recebem tratamento antirretroviral. Isso fez diminuir em 45% o número de mortes causadas pela Aids na última década, segundo o relatório apresentado em Windhoek, a capital da Namíbia. Mas seis de cada dez pessoas que se tratam vivem na África oriental e meridional, onde 19 milhões de pessoas - a metade mulheres - têm com a doença.

"Há apenas dois anos, 15 milhões de pessoas faziam tratamento antirretroviral, e hoje mais de 18 milhões estão com tratamento e as novas infecções caíram entre as crianças", destacou o presidente da Namíbia, Hage Geingob, durante a apresentação do estudo.

De acordo com o relatório, aproximadamente, metade destas novas infecções em crianças aconteceu durante a amamentação, o que indica que poderiam ser evitadas se os testes de detecção do HIV entre as grávidas fossem ampliados.

Embora o número de mortes relacionadas à Aids tenha caído significativamente (de 2 milhões de pessoas em 2010 a 1,1 milhão em 2015), a ONU continua preocupada com a elevada taxa de novos contágios entre os adultos. Desde 2010, não são registradas quedas no número de novas infecções do vírus em adultos, e anualmente cerca de 1,9 milhão adquire a doença. As mulheres jovens foram o grupo mais vulnerável, já que nos últimos anos o número de contágios só diminuiu 6%.

No relatório a entidade também alerta que os novos contágios continuam aumentando entre os consumidores de drogas injetáveis (36%), mas menos entre os gays (12%) e se mantêm entre profissionais do sexo. Neste sentido, a ONU insiste na necessidade de aumentar os investimentos destinadas à luta contra a Aids para pôr fim à epidemia até 2030, um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

EFE   
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