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Azeite e micobacteria melhora tratamento de câncer de bexiga

22 jun 2016 - 13h18
(atualizado às 17h54)
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Pesquisadores espanhóis descobriram que utilizar uma emulsão de azeite de oliva para administrar a micobacteria M. brumae melhora o tratamento do câncer de bexiga.

A pesquisa, testada em ratos e publicada na revista Scientific Reports, do grupo Nature, foi dirigida pela professora Esther Julián, do Departamento de Genética e Microbiologia da Universidade Autônoma de Barcelona, na Espanha. Já no ano passado, Esther anunciou a descoberta de que as células de Mycobacterium brumae oferecem uma alternativa que melhora os tratamentos atuais para o câncer de bexiga, como o BCG (imunoterapia baseada no Mycobacterium bovis), que pode causar infecções.

Foto: Getty Images

Desde então, a pesquisadora e sua equipe buscaram uma maneira de melhorar a atividade imunoterapêutica de M. brumae mediante o projeto de emulsões que possam aumentar a homogeneidade e a estabilidade das soluções da micobacteria e, portanto, sua eficácia quando introduzidas ao corpo.

Os pesquisadores encontraram a maneira de reduzir os grumos que se produzem de maneira natural quando as células de micobacterias, com um alto conteúdo de lipídios em suas paredes, se introduzem dentro das soluções aquosas utilizadas geralmente para a instilação intravesical - a aplicação direta do remédio com conta-gotas - nos pacientes de câncer de bexiga. Esta formação de grumos pode interferir na interação entre as células micobacterianas e as células do organismo, e diminuir os efeitos antitumoral.

Segundo explicou Esther, de todas as possibilidades analisadas, uma emulsão baseada em azeite de oliva foi a solução que induziu uma resposta imune melhor tanto nos experimentos in vitro quanto in vivo, com ratos modelo da doença.

O azeite de oliva preserva a viabilidade da micobacteria, evita a formação de grumos e proporciona assim umas condições favoráveis para que chegue à bexiga.

"Estes resultados destacam o potencial da emulsão baseada em azeite de oliva como um veículo muito promissor para a administração do tratamento de câncer de bexiga com micobacterias", disse Esther.

EFE   
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