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Epidemia de zika já não constitui emergência sanitária internacional

18 nov 2016 - 18h31
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A epidemia do vírus da zika, que afetou mais de 75 países no período de um ano, deixou de constituir uma emergência sanitária de alcance internacional, anunciou nesta sexta-feira o presidente do Comitê de Emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), David Heymann.

O Comitê de Emergências da OMS se reuniu nesta sexta-feira pela quinta vez para avaliar o avanço da epidemia e decidiu que, apesar da contínua expansão geográfica e das incertezas sobre os efeitos neurológicos, a epidemia já não constitui uma emergência sanitária.

De acordo com o Comitê, a epidemia ainda é considerada "uma prioridade" para a entidade e um problema de saúde maior "a longo prazo".

A emergência foi declarada em 1º de fevereiro após um aumento extraordinário de casos de microcefalia em bebês relacionados com a infecção com o vírus da zika.

"A emergência sanitária de alcance internacional foi declarada ao percebermos um extraordinário e não explicado aumento dos casos de microcefalia. Não foi declarada para deter a expansão da infecção, como no caso do ebola, mas para fazer todo o possível para entender os casos de microcefalia", explicou Heymann em teleconferência após a reunião do Comitê.

O cientista lembrou que meses depois da declaração foi possível determinar com base científica que os casos de microcefalia estavam diretamente vinculados com a infecção por zika, por isso o objetivo ao declarar a emergência foi cumprido.

"Necessitávamos entender de onde vinham esses efeitos, agora sabemos", comentou Heymann.

OMS estabelecerá um grupo de especialistas para continuar a monitorar a epidemia e seus efeitos e também fazer um esforço especial na pesquisa, de forma sustentada e a longo prazo.

O presidente do Comitê explicou, além disso, que outro dos objetivos da declaração de emergência era estabelecer recomendações para evitar o contágio, o que foi cumprido.

"A zika se transformou em um problema a longo prazo, de suma importância, mas que não é urgente, por isso já não constitui uma emergência sanitária de alcance internacional, embora para alguns países, como o Brasil, siga sendo uma emergência", concluiu.

EFE   
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