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Estudo nos EUA abre a porta para cura de um tipo de leucemia

8 set 2016 - 01h22
(atualizado às 10h13)
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Nos EUA, esse tratamento tem um custo de US$ 100 mil anuais e muitos pacientes não podem pagar.
Nos EUA, esse tratamento tem um custo de US$ 100 mil anuais e muitos pacientes não podem pagar.
Foto: iStock

Um estudo da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, feito em ratos, identificou que a combinação de dois remédios inibidores pode curar a leucemia mielóide crônica e baratear os custos do tratamento.

A leucemia mielóide crônica (LMC) é um tipo de câncer que começa em certas células produtoras de sangue da medula óssea e que afeta cerca de 20% dos pacientes diagnosticados com leucemia.

Um estudo do Centro Oncológico MD Anderson, da Universidade do Texas, situado em Houston, publicado nesta quarta-feira na revista "Science Translational Medicine" abriu a porta para curar este tipo de câncer, cujo tratamento atual não consegue erradicar totalmente as cédulas malignas.

De acordo com os pesquisadores, a combinação do inibidor de enzima da tirosina cinase Bcr-Abl e outro remédio inibidor conhecido como venetoclax (BCL-2) demonstrou uma "resposta encorajadora" nos ratos e taxas de curas tanto para a fase crônica da doença como para a fase terminal.

"O inibidor Bcr-Abl, o tratamento padrão atual, permite para muitos pacientes uma remissão, mas não erradica totalmente as células cancerígenas. Em alguns pacientes, o câncer volta de uma forma intratável" e representa sua morte em semanas ou meses, apontam as conclusões desse estudo.

Como as células cancerosas não são completamente erradicada, os pacientes devem continuar se medicando com Bcr-Abl para o resto de suas vidas com o objetivo de evitar que a doença recorra em sua fase terminal.

Nos EUA, esse tratamento tem um custo de US$ 100 mil anuais e muitos pacientes não podem pagar.

"Nosso estudo em ratos mostrou que a combinação Bcl-2 e Bcr-Abl tem potencial para curar a leucemia mielóide crônica e melhorar os resultados para os pacientes", afirmou o professor Michael Andreeff, que liderou a pesquisa ao lado do seu colega Bing Carter.

Carter, por sua vez, disse que os tratamentos de longa duração com Bcr-Abl "tem um custo alto tanto em efeitos colaterais como financeiramente" por isso, a combinação com Bcl-2 "pode ser uma solução" para os doentes.

EFE   
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