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Flórida confirma primeiros casos de zika contraídos em Miami Beach

19 ago 2016 - 15h41
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O governador da Flórida, Rick Scott, confirmou nesta sexta-feira os cinco primeiros casos de zika contraídos em Miami Beach, que elevam agora para 36 o número de casos considerados autóctones no estado.

Em entrevista coletiva realizada em Miami, Scott confirmou que cinco pessoas, três delas turistas, contraíram o vírus em Miami Beach, e por isso foi iniciado "um agressivo plano para a erradicação da zika" nessa cidade.

Miami, cidade vizinha a Miami Beach e ambas parte do condado de Miami-Dade, era desde julho o único lugar do território continental dos Estados Unidos onde havia sido detectado um foco de transmissão de zika por mosquitos nativos.

De acordo com o Departamento de Saúde da Flórida, os cinco casos autóctones de contágio de zika em Miami Beach se restringem a uma área de apenas 2,4 quilômetros de diâmetro, entre as ruas 8 e 28, com o Centro de Convenções de Miami Beach e a popular avenida de Ocean Drive dentro desse raio.

"Após as notícias de hoje, solicitei aos Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) outros cinco mil kits de testes para a detecção de zika para garantir ao povo que podemos acelerar os testes e proteger às mulheres grávidas", afirmou Scott.

A zika, que se propagou por grande parte da América Latina e do Caribe, é especialmente perigosa para mulheres grávidas, uma vez que pode causar microcefalia e outros problemas neurológicos nos bebês.

O governador destacou ainda que os trabalhos de erradicação da zika no bairro artístico de Wynwood, onde se detectou o primeiro foco em Miami, estão tendo êxito e "não há evidência de transmissão ativa".

Segundo Scott, as autoridades continuam trabalhando de forma estreita com comerciantes de Wynwood na prevenção da doença, assim como na prestação de ajuda aos mesmos, que sofrem com a crise econômica que assola a região por causa do surto de zika.

Scott classificou a indústria turística como o "motor" da economia do estado e fez um pedido ao Departamento de Regulações Comerciais e Profissionais da Flórida para que "trabalhe estreitamente em parceria com hotéis, atrações e restaurantes" na prevenção e luta contra a doença.

A indústria hoteleira do sul da Flórida teme a possibilidade que o vírus da zika se estenda por Miami Beach, destino turístico mundial por sua oferta de praia, sol e lazer, e que injeta US$ 24 milhões por ano na economia.

EFE   
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