Fernanda Frozza
Em uma mistura de sensações extremas, as drogas agem no organismo oscilando – e algumas vezes combinando – prazer com uma lista de efeitos negativos, que aparecem logo após o uso e também com o consumo constante. Por isso mesmo, ainda que a maconha gere certa tranquilidade, é responsável por prejudicar a memória, causar secura na boca e alguns problemas respiratórios. Já a cocaína, que atrai os usuários pela sensação de euforia e poder, vem acompanhada de taquicardia, irritabilidade, alucinação e paranoia. Situações similares acontecem com o uso de LSD, ecstasy, anfetamina, inalantes, crack, heroína, álcool e tabaco.
No Brasil, 8 milhões de pessoas já usaram maconha e 6 milhões de brasileiros já experimentaram alguma apresentação de cocaína na vida, de acordo com o Levantamento Nacional de Álcool e Drogas, divulgado pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), em 2012.
As drogas são divididas entre depressoras, estimulantes e perturbadoras, dependendo dos efeitos causados no sistema nervoso central, mas a reação final de cada substância pode variar de acordo com a quantidade ingerida, ambiente de consumo e, claro, com as características de cada usuário. “As drogas entram no nosso corpo com peculiaridades e diferenças e podem causar as mais diversas reações no organismo, desde euforia, depressão, aumento da frequência respiratória e intestino preso”, explica a psiquiatra Ana Cecília Marques, da Associação Brasileira de Psiquiatria.
Para tirar dúvidas sobre efeitos de drogas legais e ilegais, o Terra conversou com Ana Cecília, Maria Lúcia Formigoni, professora associada dos departamentos de psicobiologia da UNIFESP e uma das responsáveis pelo site Informálcool, e Clarice Madruga, pesquisadora da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas.
Confira a seguir.