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OMS: Contágio com vírus da zika é causa mais plausível de microcefalia e SGB

7 set 2016 - 15h53
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O contágio com a zika é a "explicação mais plausível" para os casos de microcefalia e da Síndrome de Guillain-Barré (SGB) surgidos nos países com transmissão ativa do vírus, segundo as evidências disponíveis atualmente, anunciou nesta quarta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).

No dia 31 de março, a agência das Nações Unidas anunciou que, com base nas informações disponíveis, havia "consenso científico" de que a infecção com o vírus causava microcefalia e Síndrome de Guillain-Barré (SGB).

Transcorridos seis meses, e após a revisão de mais de 100 estudos científicos, a OMS determinou que "a explicação mais plausível com as evidências disponíveis dos surtos de zika e dos casos de microcefalia é que a infecção durante a gravidez pode causar anormalidades congênitas no cérebro, incluindo microcefalia".

Os estudos mostraram que o vírus da zika pode atravessar a placenta e se multiplicar nas células cerebrais do feto.

Além disso, "a explicação mais plausível com as evidências disponíveis dos surtos de infecção pelo vírus da zika e de casos de SGB na população é que a infecção com o vírus da zika pode desencadear a Síndrome de Guillain-Barré".

A SGB é uma resposta imunológica do corpo que provoca paralisias dos órgãos, incluindo os pulmões, por isso pode causar a morte.

Em comunicado, a OMS ressalta que estes resultados "são importantes" porque reforçam as medidas de saúde pública recomendadas pela entidade em um momento em que os resultados se basearam em uma avaliação rápida e com poucas evidências científicas.

Esta nova definição dos efeitos da infecção foi elaborada por um painel de especialistas que, no entanto, "reconhece" que o vírus da zika por si só "pode não ser causa suficiente para as anormalidades congênitas do cérebro ou a SGB".

Os especialistas assumem que "não se sabe" se estes efeitos dependem de um cofator desconhecido.

Entre os possíveis fatores, os cientistas citam o vírus da Dengue, que também é transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, o mesmo vetor que transmite a zika, a febre amarela e o chicungunha.

A dengue circulou ao mesmo tempo que a zika nas mesmas regiões.

Diante desta situação, o painel recomenda o aumento das medidas de prevenção para reduzir o risco de contrair zika, especialmente durante a gravidez, mas em geral para toda a população. Além disso, pede que as pessoas infectadas recebam toda a informação e apoio.

Ontem, a OMS aumentou de oito semanas para seis meses o período em que as pessoas que retornem de um país onde existe transmissão do vírus da zika devem praticar sexo seguro para evitar o contágio a seus parceiros.

Esta recomendação se estende a todas as pessoas - homens e mulheres - e não só a casais que estão pensando em conceber um filho.

A agência de saúde das Nações Unidas atualizou as recomendações sobre a prevenção da transmissão sexual do vírus e especificou que esta diretriz deve ser aplicada a todos os que voltarem das áreas afetadas, apresentando sintomas ou não.

A respeito das pessoas que vivem em lugares onde há transmissão ativa do vírus, a OMS recomenda que tanto os homens como as mulheres sexualmente ativos "sejam aconselhados corretamente e que lhes seja oferecida toda a gama de métodos anticoncepcionais disponíveis para que sejam capazes de tomar uma decisão informada sobre se querem gerar um bebê e quando".

EFE   
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