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OMS diz que 40% dos portadores do HIV não sabem que têm o vírus

29 nov 2016 - 16h02
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Em todo o mundo, pelo menos 40% dos portadores do vírus HIV, ou seja 14 milhões de pessoas, desconhecem que têm o vírus no corpo, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira.

Uma das razões é a dificuldade que existe em alguns lugares para ter acesso ao diagnóstico, uma situação que a entidade destacou por ocasião do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, 1º de dezembro. Dados recentes revelam que mais de 18 milhões de portadores do vírus, atualmente, não têm acesso a tratamentos antirretrovirais e 14 milhões delas não sabem que tem o HIV - sendo 143 mil no Brasil, segundo a Anvisa -.

"Milhões de pessoas que têm o HIV não se beneficiam do tratamento indispensável e que, igualmente, pode impedir que transmitam o vírus a outros indivíduos", afirmou a diretora geral da OMS, Margaret Chan.

Diante dessa situação, a organização decidiu incentivar o autoteste, que pode ser feito pela com um pouco de saliva ou furando a ponta do dedo com uma agulha. Isto permite que a pessoa saber seu resultado maneira privada, em um lugar confortável, com um laudo que fica pronto em 20 minutos. Caso dê positivo, a OMS aconselha à pessoa a procurar um hospital para uma confirmação profissional e onde também será possível receber orientação e tratamento.

"O autodiagnóstico é uma forma de se chegar a mais gente, oferecendo a oportunidade de tomar as medidas necessárias antes que adoecer", afirmou Margaret.

O organismo considera que o enfoque do autoteste é particularmente importante nos lugares onde há dificuldades para acessar o serviço de triagem comum.

Nos dez últimos anos, o total de pessoas que souberam que tinham o HIV passou de 12% a 40% na escala mundial. Uma das consequências mais positivas foi que oito de cada dez pessoas diagnosticadas recebem tratamento antirretroviral.

O diagnóstico do HIV depende em alguns casos do grupo populacional a que se pertence e de maneira geral é mais comum as mulheres serem diagnosticadas - e, em consequência, receberem tratamento - do que os homens. Segundo a OMS, apenas 30% das pessoas que fizeram algum teste de diagnóstico são do sexo masculino.

As taxas de diagnóstico também são baixas entre os homens que têm relações sexuais com outros homens, profissionais do sexo, transgêneros, usuários de drogas injetáveis e presos. De fato, estes grupos representam 44% de 1,9 milhão de novas infecções de HIV que acontecem anualmente.

Uma das maiores vantagens observadas é que os auto testes praticamente duplicaram o número de mulheres que realizam um exame para diagnóstico.

EFE   
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