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OMS lançará campanha de vacinação contra febre amarela em Angola e RDC

23 jun 2016 - 12h18
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta quinta-feira que lançará uma campanha de vacinação em massa contra a febre amarela na fronteira entre Angola e República Democrática do Congo (RDC) para tentar conter o avanço do surto que matou pelo menos 420 pessoas nos últimos meses.

A campanha começou perante a multiplicação de novos casos e o perigo de contágio a outros países e já foram transportadas mais de 15 milhões de doses à zona de atuação, embora as autoridades locais tenham problemas logísticos e de financiamento para realizar as vacinações.

"É vital interromper a transmissão, especialmente nas zonas além das fronteiras para controlar o surto e deter a expansão internacional", declarou o diretor regional da OMS, Matshidiso Moeti.

A primeira fase começará em julho com o objetivo de criar uma zona de segurança de cerca de 100 quilômetros entre ambos países e se centrará nos distritos fronteiriços com maior movimento de pessoas e mercadorias, assim como em Kinshasa, a capital da RDC e um dos focos potenciais de transmissão.

Angola sofre o pior surto de febre amarela das últimas décadas e desde dezembro de 2015 registrou mais de 2,5 mil casos suspeitos, com 345 mortes, segundo dados da OMS, enquanto a RDC conta já com mais de mil possíveis casos e 75 mortos.

As autoridades locais, com a ajuda da OMS, estabeleceram ponto de controle nas principais passagens fronteiriças -Luanda, Kinshasa, Lubumbashi e Matadi-, onde também é oferecida a possibilidade de vacinar os viajantes que reúnam os requisitos.

Em maio, a OMS garantiu que o surto de febre amarela em Angola, desde onde chegou à República Democrática do Congo, Quênia e China, é grave e deve ser vigiado de perto, mas não constitui por enquanto uma emergência sanitária de alcance internacional.

Além disso, o Grupo Assessor de Analistas sobre Imunização (SAGE) da agência da ONU decidiu na semana passada que no caso de um surto epidêmico e de escassez de vacinas, seria possível usar uma quinta parte da dose habitual para poder imunizar o maior número de pessoas possível.

EFE   
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