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Quase 300 gestantes já contraíram o vírus da zika em Porto Rico

24 jun 2016 - 14h41
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O vírus da zika já infectou 299 mulheres grávidas em Porto Rico, que testaram positivo nos exames para detectar o organismo, que pode provocar microcefalia em seus filhos e outras más-formações genéticas graves, e cujas previsões indicam que seguirá se espalhando pela ilha nos próximos meses.

O Departamento de Saúde de Porto Rico fez este anúncio nesta sexta-feira e acrescentou que, apenas na última semana analisada, viu disparar o número de gestantes com o vírus, que é transmitido pela picada do mesmo mosquito vetor da dengue e da febre chicungunha.

Na semana epidemiológica número 23, compreendida entre os dias 27 de maio e 9 de junho, foram detectados 108 novos casos de mulheres grávidas infectadas. Em conjunto, apenas 56% das mulheres afetadas notaram algum sintoma e o restante só se deu conta da presença do vírus ao receber os resultados dos exames.

Previsivelmente, o número real de mulheres grávidas com zika já é maior, já que os resultados demoram meses para serem recebidos e durante estas semanas as chuvas começaram a aumentar, o que propicia a reprodução dos mosquitos.

No total, em toda a ilha foram confirmados 2.162 casos de pessoas contagiadas pelo vírus desde 31 de dezembro, quando foi notificada a chegada da zika em Porto Rico, uma doença para a qual não há vacina nem tratamento, mas que, em geral, não tem consequências graves para a saúde.

Com o início da temporada de chuvas neste mês, está crescendo de forma exponencial o número de infectados pela zika, com 436 novos casos na última semana, mas teme-se que o número real seja muito maior, já que os sintomas brandos e a familiaridade dos porto-riquenhos com outros vírus, como a dengue e a chicungunha, faz com que muitos não compareçam ao médico.

Na última semana estudada, também foram detectados dois novos casos de afetados pela síndrome de Guillain-Barre associada ao zika. Com isso, já são 14 os casos contabilizados na ilha desta síndrome neurológica autoimune que ataca à membrana plasmática que reveste os nervos (mielina) e pode provocar incapacidade para sentir dor e outras sensações, além de paralisias em partes do corpo e, em casos raros, até levar à morte.

Os sintomas principais associados ao zika são manchas vermelhas na pele, febre, dor nas articulações e conjuntivite sem secreção, por isso as autoridades locais pedem que as pessoas procurem um médico caso manifestem qualquer um deles.

"A prevenção da zika é uma tarefa de todos. Ao garantirmos que qualquer recipiente em nosso lar que possa acumular água esteja coberto, limitamos a formação de criadouros" do mosquito, disse hoje a titular de Saúde, Ana Ríus, que insistiu no uso de repelentes, roupas longas e de cores claras, além de telas metálicas em janelas e portas para evitar a entrada de mosquitos nas residências.

EFE   
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