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Relatório revela mortes evitáveis em maternidades de 2 hospitais ingleses

24 nov 2016 - 12h43
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Um relatório médico divulgado nesta quinta-feira sobre as práticas de dois hospitais britânicos revelou erros e situações "inaceitáveis" cometidos durante anos em suas maternidades e que provocaram várias mortes "evitáveis" de mães e bebês.

O documento detalha casos de negligência cometidos em duas clínicas do norte da Inglaterra, entre eles o de uma recém-nascida prematura, sem chances de sobrevivência, e que foi deixada para morrer sozinha dentro de um berço, em um quarto separado, em vez de nos braços da mãe, como determina o protocolo. Outro caso denunciado é o do óbito de uma mulher por uma "hemorragia catastrófica", depois que os médicos ignoraram os sintomas apresentados e os atribuíssem erroneamente a uma doença mental.

O relatório foi elaborado internamente em junho deste ano pelo Pennine Acute Hospital - instituição vinculada ao Serviço de Saúde Pública - e feito com base em práticas usadas nos hospitais North Manchester General e Royal Oldham. O texto chegou à imprensa por pressão do jornal "Manchester Evening News" - avisado por um informante anônimo -, que disse que o órgão regional tentou evitar sua divulgação e chegou a dizer que o documento não existia.

No levantamento são identificadas "claras evidências de decisões ruins adotadas, que resultaram em danos significativos para mulheres" e "graves problemas" nas maternidades, resultando em "grandes prejuízo aos bebês de forma particular, com um significativo impacto em longo prazo". Também são citados "assuntos preocupantes que se repetem", como erros na hora de verificar sinais vitais de pacientes, e o fato de os médicos não revisem resultados de exames de laboratório.

EFE   
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