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Rio faz bloqueio contra febre amarela na divisa com MG

26 jan 2017 - 12h19
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O Aedes aegypt é o mosquito responsável pela doença da febre amarela em áreas urbanas
O Aedes aegypt é o mosquito responsável pela doença da febre amarela em áreas urbanas
Foto: iStock

A Secretaria de Estado de Saúde apresentou na manhã de hoje (26) um planejamento para a ação de vacinação contra a febre amarela. Classificada pelo secretário de saúde do Rio, Luiz Antônio Teixeira Júnior, como "cinturão de bloqueio", a vacinação será realizada em municípios das regiões noroeste, norte, centro sul e região serrana do Estado, isto é, que fazem divisa com Minas Gerais. O Estado mineiro vive um surto de febre amarela e já registra 32 mortes pela doença.

O secretário revelou que foram encomendadas 350 mil doses da vacina contra a febre amarela, das quais 200 mil serão destinadas aos municípios alvo da campanha. As demais doses servirão como reabastecimento para outros municípios do Rio, como aqueles da região metropolitana, que já sofrem com falta da medicação. O secretário adiantou também que mais vacinas foram solicitadas ao Ministério da Saúde.

"Protocolei este pedido ontem e já tive uma resposta positiva do Ministério. O centro de distribuição deles é justamente aqui no Rio então isso facilita a operação de receber essas vacinas", disse ele ao apelar para que apenas quem vai viajar para cidades consideradas áreas de risco ou pessoas que moram próximas desses municípios procurem os postos: "É importante frisar para a população que não é todo mundo que deve ser vacinado. Apenas quem viajará até Minas Gerais, com um prazo de 10 dias antes, e quem mora nas regiões de divisa. Quem não se encaixar nesses critérios pedimos que, por favor, não façam uso da medicação, pois pode acabar retirando de quem realmente precisa".

De acordo com Teixeira Júnior, a campanha de vacinação deverá começar no próximo sábado (28) e, em algumas cidades, na próxima segunda (30). "Algumas delas ainda não conseguiram receber as vacinas, já que o transporte e armazenamento são muito delicados. É necessária uma câmara fria para estocá-las, por exemplo. Em contrapartida, algumas regiões já estão com tudo pronto. Esperamos que nos próximos dias tudo se acerte para começarmos a campanha".

O subsecretário de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe, informou que os postos de saúde da região metropolitana do Rio que estão com pouco estoque da vacina devem estar totalmente reabastecidos, no máximo, até amanhã. Chieppe acrescentou que três municípios que fazem divisa com Minas receberão a vacinação apenas para a área rural. "Itaperuna, Três Rios e Campos não terão sua população urbana vacinada. Constatamos que não havia essa necessidade. Então já pedimos aos prefeitos e secretários de saúde dessas cidades que conscientizem os moradores rurais, como donos de sítio, por exemplo, sobre a necessidade e importância de se protegerem. É um trabalho em conjunto de todos nós".

A Secretaria Estadual de Saúde acrescenta que gestantes, idosos e crianças menores de nove meses, além de pessoas com alergia a algum componente da vacina e alergia a ovos e derivados não podem se vacinar. Também não podem aquelas pessoas que realizam terapias imunossupressoras, portadores de doenças autoimunes, transplantados de medula óssea, pacientes com histórico de doença do Timo e com doenças neurológicas de natureza desmielinizante, como Síndrome de Guillan Barrè.

A febre amarela é transmitida pelo mosquito Haemagogus sabeths e apresenta como principais sintomas a febre alta, calafrios, cansaço, dores de cabeça e musculares, náuseas e vômitos que duram, em média, três dias. Nas formas mais graves da doença pode ocorrer icterícia, isto é, olhos e pele amarelados, além de insuficiências hepática e renal, manifestações hemorrágicas e cansaço intenso.

Agência Brasil Agência Brasil
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