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Pessoas com Sindrome de Down podem ter mais problemas bucais

Atraso no nascimento dos dentes, manchas dentais e halitose são algumas das doenças mais comuns dessas pessoas

14 abr 2016 - 08h00
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Pessoas que nascem com Síndrome de Down possuem, além do cromossomo do amor, como muitos chamam carinhosamente, algumas peculiaridades na anatomia e fisiologia bucal o que os tornam mais sujeitos a desenvolverem problemas nessa região. Por causa disso, eles são considerados, na Odontologia, pacientes especiais e necessitam de um atendimento diferenciado. 

Como no caso qualquer criança, os cuidados com a saúde bucal da pessoa que nasce com essa síndrome devem começar bem cedo. “A criança com Síndrome de Down deve iniciar o acompanhamento odontológico no primeiro mês de vida para evitar ou controlar os problemas bucais comuns e também para se acostumar ao ambiente e técnicas sem que haja a necessidade futura de anestesia geral ou sedação”, diz Maria Cecília Aguiar, presidente da Comissão de Odontologia Hospitalar, do Conselho Regional de Odontologia do Rio Grande do Norte (CRO-RN).

A criança com Síndrome de Down deve iniciar o acompanhamento odontológico no primeiro mês de vida para evitar ou controlar os problemas bucais comuns e também para se acostumar ao ambiente e técnicas sem que haja a necessidade futura de anestesia geral ou sedação
A criança com Síndrome de Down deve iniciar o acompanhamento odontológico no primeiro mês de vida para evitar ou controlar os problemas bucais comuns e também para se acostumar ao ambiente e técnicas sem que haja a necessidade futura de anestesia geral ou sedação
Foto: riopatuca / Shutterstock

Principais problemas

Os problemas bucais mais comuns identificados em pessoas com Síndrome de Down variam muito de acordo com o quadro de cada indivíduo e podem ser leves ou mais graves, neste último caso trazendo desconforto e complicações para a qualidade de vida do portador. 

“Aspecto de língua aumentada, língua fissurada, atraso na erupção tanto dos dentes de leite como dos permanentes, maior prevalência de algumas anomalias como dentes e raízes curtas, mordida torta, manchas dentais, maior prevalência de doenças gengivais, halitose entre outras são algumas das alterações mais frequentes observadas nesse tipo de paciente”, diz a especialista. 

Sem a intervenção adequada de um profissional, esses problemas têm enorme potencial para prejudicar a vida das pessoas com a síndrome. “Eles podem causar prejuízos na estética e autoestima, menor eficácia mastigatória (o que, por sua vez, pode resultar em restrições alimentares e alterações nutricionais), dificuldades de deglutição e fonação e acúmulo de saliva que, além de antiestético, pode ser considerado repugnante por algumas pessoas”, diz Maria Cecília. 

Todos juntos pela causa! 

O tratamento ideal deve contar com um conjunto de profissionais da saúde como médicos, fonoaudiólogos, nutricionistas, fisioterapeutas etc.

Algumas crianças com a síndrome podem se beneficiar de um aparelho bucal chamado Placa Palatina de Memória que tem a função de estimular a língua e o lábio superior a se posicionem adequadamente contribuindo para o desenvolvimento da respiração nasal e auxiliando os processos de deglutição, mastigação e fala. 

“Esse aparelho é especialmente desenhado para pacientes que têm o costume de ficar com a língua para fora, que não têm força labial e que ficam muito tempo com a boca aberta. Ele deve ser utilizado diariamente, ainda nos dois primeiros anos de vida”, diz a especialista. 

Hábitos comuns

No mais, alguns cuidados com a saúde bucal, técnicas de higienização e hábitos devem ser os mesmo de qualquer criança/pessoa. “De uma forma gerla, é importante estabelecer hábitos saudáveis de higiene bucal e tomar cuidado com o alto consumo de açúcar”, diz Maria Cecília. 

Fonte: Agência Beta Este conteúdo é de propriedade intelectual do Terra e fica proibido o uso sem prévia autorização. Todos os direitos reservados.
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