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O dente de leite do meu filho não cai. E agora?

A retenção prolongada não é um problema grave mas deve ser acompanhada por um especialista que saberá a hora certa de intervir

30 set 2016 - 08h00
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Se os dentes permanentes do seu filho já estão apontando e os de leite insistem em ficar na boca firmes e fortes talvez seja a hora de levá-lo até um odontopediatra para ver o que pode ser feito a respeito. Embora não seja um problema tão sério, a retenção prolongada, nome que se dá a esse processo, pode causar desconforto e até inflamação na região. 

Há ainda outros fatores que podem contribuir para esse demora na queda do dente de leite como questões emocionais, gengiva muito fibrosa e falta de espaço para o dente permanente
Há ainda outros fatores que podem contribuir para esse demora na queda do dente de leite como questões emocionais, gengiva muito fibrosa e falta de espaço para o dente permanente
Foto: Anna Hoychuk / Shutterstock

Toda criança costuma ter 20 dentes de leite na boca que serão gradativamente substituídos por 32 permanentes a partir dos 5 anos de idade. O número de dentes é menor na infância justamente por causa do tamanho da arcada das crianças que ainda é muito pequenina e não comportaria todos os permanentes, que estão sendo formados dentro da gengiva para nascerem na hora certa. 

“Esse processo de troca dental pode durar até os 12/13 anos de idade e nós só sabemos que passou do tempo do primeiro cair quando o permanente nasce e o de leite não cai”, diz Fabiana Galzo, odontopediatra da Clínica Allegra Odontologia. 

Alimentação e falta de espaço

Essa troca é extremamente necessária e quando não ocorre quando e como deveria é porque alguma coisa está errada. “Isso se deve ao tipo de dieta empregada atualmente e ao posicionamento do dente permanente, pois é ele que deve empurrar o dente de leite reabsorvendo a raiz existente e fazendo com que seu antecessor fique mole e caia”, diz a dentista.

Há ainda outros fatores que podem contribuir para esse demora na queda do dente de leite como questões emocionais, gengiva muito fibrosa e falta de espaço para o dente permanente. A alimentação atual, processada e mais fácil de ingerir, citada por Fabiana também influencia, pois a falta de estímulo mastigatório em cima do dente de leite pode ser um fator determinante nesse processo. 

“A demora na erupção dos dentes de leite quando se ainda é bebê também pode ser um motivo, pois uma vez que o dente demora a nascer, pode demorar a cair”, diz a especialista. 

Desconforto

Esse atraso na queda do dente de leite não traz grandes problemas para a criança, mas precisa ser acompanhado por um especialista que, se necessário, terá que intervir extraindo o dente preguiçoso que quer ficar na boca.

“Enquanto ele não cai naturalmente o que pode acontecer é um incômodo da criança na hora de se alimentar se o dente estiver amolecido. Na pior das situações pode causar uma inflamação local na gengiva, devido ao acúmulo de alimentos na região”, diz Fabiana.

Se a culpa for do dente permanente que não empurrou corretamente o de leite, seu posicionamento poderá ser corrigido futuramente com o uso de aparelhos ortodônticos.  

A especialista só reprova a extração do dente em casa, sem a devida analise ou cuidado. “Tentar arrancar o dente de leite a força pode causar fratura da raiz e até inflamação na região, dificultando a remoção desse fragmento posteriormente. Apenas o odontopediatra poderá avaliar se é o momento de esperar ou extrair o dente.”, diz a dentista. 

Fonte: Agência Beta Este conteúdo é de propriedade intelectual do Terra e fica proibido o uso sem prévia autorização. Todos os direitos reservados.
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