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LED e curcumina são as novas armas contra bactérias bucais

Pesquisadores da IFSC-USP descobriram que esses dois itens têm o poder de desinfetar a boca e até prevenir problemas como cárie e gengivite

24 nov 2016 - 08h00
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Existem combinações que são perfeitas para determinadas situações como queijo e goiabada para sobremesa, filme e pipoca para um final de semana chuvoso e luz de LED e curcumina para desinfetar a boca. Pelo menos é nessa teoria que pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (USP) estão trabalhando, e apostando, como a mais nova e eficiente técnica contra as bactérias no campo da odontologia. 

De forma mais simples, podemos dizer que a luz estimula o corante natural a produzir um oxigênio tóxico que mata bactérias, fungos e vírus da boca
De forma mais simples, podemos dizer que a luz estimula o corante natural a produzir um oxigênio tóxico que mata bactérias, fungos e vírus da boca
Foto: pikselstock / Shutterstock

Combinação perfeita

Essa combinação, que deve ser aplicada antes de se começar qualquer outro procedimento bucal, funciona da seguinte forma: a curcumina (que é um corante fotossensível derivado da planta Cúrcuma) absorve a luz azul gerada pelo LED causando uma ação antimicrobiana. De forma mais simples, podemos dizer que a luz estimula o corante natural a produzir um oxigênio tóxico que mata bactérias, fungos e vírus da boca. 

“A terapia fotodinâmica tem um efeito fotoquímico gerando espécies reativas de oxigênio que inativam microrganismos e também atuam no tratamento do câncer matando células cancerosas”, diz Vitor Hugo Panhóca, dentista pesquisador do Laboratório de Biofotônica (IFSC-USP) e um dos autores desse estudo.  

Indicação

Essa descontaminação bucal é indicada para a prevenção da cárie e da gengivite. “Mas ela também pode ser utilizada para descontaminação bucal pré-cirúrgica ou em hospitais evitando doenças sistêmicas como endocardite bacteriana e pneumonia hospitalar”, diz Vitor. 

Ela também pode ser aplicada para controle de contaminação cruzada em consultório dentário quando se faz qualquer procedimento, evitando que os microrganismos da boca se espalhem por aerossol ou contato físico por todo o ambiente cirúrgico, cheguem até o profissional ou ainda caiam na corrente sanguínea do próprio paciente.

100% desinfetada?

Não sei se vocês sabem, mas a boca possui diversos micro-organismos que vivem nela, sem causar danos, muito pelo contrário, dentro de um certo equilíbrio esse convívio é até saudável paras o funcionamento das coisas. 

Por isso, Vitor faz questão de deixar claro que não é o objetivo dessa terapia deixar a boca 100% desinfetada. “O objetivo é fazer um controle microbiológico para que os microrganismos da flora bacteriana normal possam viver em equilíbrio. Quando esse equilíbrio está comprometido os microoganismos “do mal” acabam se sobressaindo e causando doenças bucais como cárie e gengivite”, diz o especialista. .

E, ainda segundo Vitor, as principais vantagens desse tratamento é que não existe nenhuma contraindicação a ele (quando feito respeitando os protocolos recomendados) e que até hoje nenhum micro-organismo se mostrou resistente ao procedimento, ou seja, ainda não há uma bactéria que vença a união poderosa da luz azul do LED com a curcumina. 

Fonte: Agência Beta Este conteúdo é de propriedade intelectual do Terra e fica proibido o uso sem prévia autorização. Todos os direitos reservados.
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