PUBLICIDADE

Teste nos olhos poderia detectar o Parkinson, segundo estudo

18 ago 2016 - 09h19
Compartilhar
Exibir comentários

Um teste para detectar mudanças produzidas no olho, que poderia potencialmente diagnosticar o Parkinson antes que seus sintomas se desenvolvam, foi descoberto por um grupo britânico de pesquisadores, revelou a rede "BBC" nesta quinta-feira.

Cientistas da University College London (UCL) divulgaram os resultados de testes realizados com animais - e que ainda têm que ser desenvolvidos - que, segundo suas análises, poderiam derivar eventualmente em uma maneira barata e não invasiva de detectar essa doença. Atualmente, o Parkinson afeta uma de cada 500 pessoas e é a segunda doença neurodegenerativa mais comum do mundo.

Os analistas testaram em ratos e comprovaram que era possível ver mudanças na parte posterior do olho antes que os sintomas desse transtorno se manifestassem de forma visível. Segundo a responsável pelo estudo, Francesca Cordeiro, essa descoberta representa "um avanço potencialmente revolucionário nos diagnósticos e tratamento preventivo de uma das doenças mais debilitantes do mundo".

"Com esses testes poderíamos ser capazes de intervir muito antes e de maneira mais efetiva para tratar às pessoas que sofrem esta condição devastadora", explicou ela à "BBC".

Atualmente, não existem ressonância magnética ou exame de sangue que possam dar um diagnóstico definitivo para o Parkinson.

O diretor da Parkinson's UK, organização beneficente que luta contra esse mal, Arthur Roach, afirmou que existe uma "necessidade urgente de encontrar uma maneira simples e precisa de detectar essa condição, em particular em seus estados mais adiantados".

"Embora a pesquisa esteja no início e ainda seja preciso testá-la em pacientes, um teste simples e não invasivo como esse poderia constituir um passo significativo na busca de tratamentos que possam erradicar as causas subjacentes da doença, em vez de mascarar seus sintomas", afirmou Roach.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade