Quando dão as caras em público, os gases causam uma tremenda saia justa. Mas os efeitos indesejáveis da chamada flatulência vão muito além da vergonha. Ela pode dilatar o abdômen, deixar a barriga inchada e ainda provocar um tremendo mal-estar. Ninguém está livre dos gases, já que são um resultado natural da digestão, provocados pela fermentação dos alimentos realizada pelas bactérias da flora intestinal. Mas existem muitos mitos relacionados ao problema. O Terra conversou com Sidney Klajner, gastroenterologista e cirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e Eduardo Grecco, gastroenterologista do Hospital Leforte, também na capital paulista, para desvendar os mais comuns e descobrir como aliviar o desconforto. Confira a seguir.
Quando dão as caras em público, os gases causam uma tremenda saia justa. Mas os efeitos indesejáveis da chamada flatulência vão muito além da vergonha. Ela pode dilatar o abdômen, deixar a barriga inchada e ainda provocar um tremendo mal-estar. Ninguém está livre dos gases, já que são um resultado natural da digestão, provocados pela fermentação dos alimentos realizada pelas bactérias da flora intestinal. Mas existem muitos mitos relacionados ao problema. O Terra conversou com Sidney Klajner, gastroenterologista e cirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e Eduardo Grecco, gastroenterologista do Hospital Leforte, também na capital paulista, para desvendar os mais comuns e descobrir como aliviar o desconforto. Confira a seguir.
Os que mais provocam gases são os ricos em carboidratos, gorduras e açúcar, além de certos tipos de bebidas, como as gasosas, o café e as muito doces. Alguns vegetais, leguminosas e frutas também entram nessa lista. Entre eles estão o brócolis, o repolho, a couve-flor, o aspargo, a couve, o feijão, a lentilha, o nabo, o grão-de-bico, o milho, a ameixa, a banana, em especial a nanica, e o abacate. Falar de boca cheia ou mastigar de boca aberta faz a pessoa ter mais gases? Sim. Além de ser uma tremenda falta de educação, esses hábitos fazem com que o indivíduo acabe engolindo muito ar, o que gera distensão abdominal, mal-estar e gases.
O cuidado principal é fazer uma dieta pobre nos alimentos que aumentam a formação de gases e mastigar bem a comida de boca fechada durante as refeições. Ir ao banheiro com regularidade e praticar atividades físicas também ajuda. O ideal é não segurá-los, pois isso pode provocar dores.
Não existe um consenso sobre isso, mas alguns especialistas afirmam que fazer movimentos no sentindo horário, em especial com um pano aquecido, dá uma mãozinha para o processo digestivo e, assim, diminui os gases.
Eles são bem-vindos quando os gases provocam desconforto. Mas antes de começar a ingerir um medicamento para esse fim, o ideal é marcar uma consulta com um gastroenterologista para checar se o problema não está sendo provocado por doenças, como a síndrome do intestino irritável, a intolerância ao glúten ou à lactose, as colites, as enterites, entre outras, que podem apresentar sintomas parecidos, mas que exigem um tratamento específico.
Nessa fase o que acontece é que o hormônio progesterona relaxa todos os tecidos do corpo, inclusive os do sistema digestivo, deixando a digestão mais lenta, o que favorece a formação de gases. Nos estágios finais da gravidez, o útero volumoso acaba pressionando o estômago, o que costuma levar a uma piora do problema. Alguns tipos de chá, como o de erva-cidreira, podem ajudar a aliviar o desconforto, mas é necessário que a mulher converse com seu médico antes de começar a tomá-los.
A não ser que seja um recém-nascido que tem o sistema digestivo imaturo ou no caso de alguma disfunção, as crianças não têm mais tendência ao problema do que as outras pessoas.
Sim, pois acabamos nos movimentando menos ou vamos direto para a cama, o que dificulta a eliminação dos gases.
Nem sempre o excesso de gases é sinal de algum problema. Ele pode estar ligado ao tipo de dieta, aos hábitos alimentares, se a pessoa come com a boca aberta ou rápido demais, por exemplo, e até a uma tendência pessoal. Mas se eles estiverem provocando desconforto ou forem muito constantes, conversar com um especialista é indicado, sim, para descartar outras causas e para obter formas de amenizar o incômodo.
Não diretamente. Mas isso pode acontecer quando a pessoa é muito estressada ou ansiosa e por isso come correndo, de boca aberta ou falando e não mastiga bem os alimentos. Mas se ela tiver síndrome do intestino irritável, um fator está diretamente ligado ao outro. Por isso, se o problema for muito frequente ou estiver provocando muito mal-estar, uma consulta com um médico é sempre bem-vinda.